• Procuradorias
  • PRT Belém
  • Professor da Universidade de Syracuse (EUA) faz palestra sobre redação jurídica no MPT PA/AP

Professor da Universidade de Syracuse (EUA) faz palestra sobre redação jurídica no MPT PA/AP

Evento reuniu membros e servidores da instituição, além de público externo. Foram apresentados os vícios do texto jurídico brasileiro e os métodos para aprimorar a escrita e o conteúdo.

Nesta quarta-feira (8), o Professor Doutor Antonio Gidi, da Universidade de Syracuse (EUA), ministrou a palestra "Redação jurídica: forma, estrutura, coesão e voz" para membros, servidores, estagiários e colaboradores do Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT PA-AP), além de público externo. O evento ocorreu no auditório do edifício sede, em Belém, e foi transmitido para as Procuradorias do Trabalho nos Municípios (PTMs) de Macapá, Marabá e Santarém.

Na oportunidade, Gidi apresentou exemplos reais de vícios retirados de petições, teses e livros e abordou tópicos como estilos e formas de escrita, destacados em seu livro “Redação jurídica: Estilo profissional - Forma, estrutura, coesão e voz”, lançado este ano. 

Durante a abertura, o procurador-chefe do MPT PA-AP, Sandoval Silva, pontuou que reflexões como essa estimulam a melhora contínua na construção de teses e, dentro da atuação do Ministério Público do Trabalho, incentivam o aperfeiçoamento na formulação de processos'. “Quanto mais e melhor nos comunicarmos com juízes, melhores serão as decisões jurisdicionais que pedimos”, concluiu.

Gidi apontou como a estruturação gramatical, falta de precisão e repetição de termos tornam a leitura cansativa, e apresentou reflexões sobre questões que influenciam na elaboração dos textos, como o fato da beleza estética das palavras receber mais importância do que a forma que a informação é enviada, e a percepção errônea de que palavras usadas no cotidiano não são cultas. O professor, entretanto, esclareceu que não busca apresentar um novo tipo de gramática, mas sim um estilo de escrita de jurista para jurista que seja confortável para escritor e leitor.

Gidi também destacou a importância de dialogar com todas as gerações e exercitar uma comunicação mais simples, clara e direta. Para ele é necessário ter em mente que somente o autor sabe quais partes são dispensáveis durante a leitura. Incluí-las no texto pode implicar na perda de interesse e interferir na atenção necessária para o que é de fato importante. “Se você não tem controle sobre o que o leitor vai ler, facilite o trabalho: tire tudo aquilo que você não quer que ele leia. Escreva sem as partes que o leitor vai pular, faça isso por ele”, finalizou o professor.

 

Fotos: Ascom MPT
Ministério Público do Trabalho
Assessoria de Comunicação

 

Imprimir