MPT no Amapá e organizações discutem alternativas para retomada da economia nas periferias

Em videoconferência, movimentos da sociedade civil organizada apresentaram propostas de promoção da empregabilidade de grupos vulneráveis baseadas na economia solidária.

Passado o período mais grave da pandemia e considerando a aproximação do encerramento do auxílio emergencial, retomar a economia nas periferias é um grande desafio. Pensando nisso, o Ministério Público do Trabalho no Amapá (MPT) reuniu-se, no último dia 13 com integrantes da Organização Internacional do Trabalho – OIT, Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos – UNOPS, Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Amapá – SETEC/AP, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e Sociedade Civil Organizada, representada por apoiadores do Centro de Atividades Sociais da Periferia – CASP, Central Única das Favelas – CUFA/AP e Amapá Solidário.

A reunião, realizada por videoconferência, teve como objetivo escutar a sociedade civil e as instituições quanto a projetos de empregabilidade de grupos vulneráveis e os desafios da retomada da economia popular nas periferias. De acordo com Alzira Nogueira, apoiadora do movimento Amapá Solidário, no período de pico da pandemia, organizações como o CASP, o Amapá Solidário e a CUFA/AP direcionaram esforços à segurança alimentar e nutricional das comunidades, mas agora é necessário pensar e construir propostas para promover a inclusão econômica, gerar renda e trabalho digno.

Alzira conta que no bairro de Congós em Macapá, área de atuação do CASP, existem mais de 1.000 famílias cadastradas. Segundo pesquisa feita com 300 delas, constatou-se que a maioria é chefiada por mulheres, formadas por pessoas pretas ou pardas, com renda mensal igual ou inferior a R$ 500,00. A partir dessas informações, o Centro de Atividades Sociais da Periferia está desenvolvendo um projeto chamado "Teia Colaborativa - rede de economia solidária no bairro do Congós", cuja primeira fase será de diagnóstico dos empreendimentos locais. Após a aplicação de questionário, se pensará em soluções de capacitação e formação a fim de impulsionar negócios locais e gerar trabalho e renda.

As demais instituições participantes manifestaram-se no sentido de como poderiam contribuir para o desenvolvimento da iniciativa apresentada, seja com o fornecimento de capacitação, formação técnica, gestão de projetos ou trazendo a experiência de ações já desenvolvidas com finalidades semelhantes.

Ao final da reunião, ficou estabelecido que o projeto então elaborado pelo CASP, CUFA e Amapá Solidário será encaminhado às demais organizações, para que cada uma faça suas ponderações. Após isso, será realizada um novo encontro para fechamento da proposta.

Para o procurador do Trabalho Eduardo Sidney Filho, que presidiu a reunião, deve-se trabalhar no campo da economia solidária, do empreendedorismo social e do cooperativismo. Ele ressaltou a importância da comunidade e de outros atores sociais, como pressuposto das destinações de recursos feitas pelo Ministério Público do Trabalho, a fim de conferir maior caráter democrático à sua utilização. Desde o início da pandemia, o MPT já destinou mais de R$ 312,8 milhões a ações de enfrentamento à Covid19 em todo Brasil.

 

Ministério Público do Trabalho

Assessoria de Comunicação

Facebook: facebook.com/mpt.paap/

Instagram: @mpt.paap

Imprimir