Projetos Escrevendo e Reescrevendo Nossa História recebem instrumento musicais

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Polos atuam na inserção de jovens por meio da música
 
O Ministério Público do Trabalho e a Fundação Carlos Gomes (FCG) fizeram a entrega de instrumentos musicais para mais duas entidades parceiras do Projeto ‘Escrevendo e Reescrevendo a Nossa História’, uma iniciativa do MPT em conjunto com outras 15 instituições que trabalham com crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
 
A Paróquia de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro, no bairro do Telégrafo, e a Associação das Pessoas com Deficiência (APPD), em São Brás, foram contempladas com a cessão de instrumentos musicais para poder dar continuidade ao trabalho que já estão desenvolvendo e ampliar a oferta de cursos de musicalização.
 
Na Paróquia do Perpétuo Socorro, onde estão sendo desenvolvidas as ações do ‘Escrevendo a Nossa História’, alunos do projeto e pessoas da comunidade lotaram o salão paroquial para acompanhar a entrega dos instrumentos. Na ocasião, foi assinado o termo de cessão dos instrumentos, e em seguida houve as apresentações musicais do cantor Reginaldo Viana, que coordena o projeto Música e Cidadania da Fundação Carlos Gomes, da soprano Dhuly Contente, que coordena o Polo da Vila da Barca, e de um quinteto de sopros.
 
O Polo da Paróquia Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro recebeu mais de 80 instrumentos. Foram 50 violões, 11 teclados, 50 flautas doce e 30 estantes de partitura.
 
A outra entidade beneficiada foi a Associação de Defesa das Pessoas com Deficiência (APPD), que recebeu 50 flautas, cinco violões, cinco cavaquinhos e dois teclados. Atualmente, os cursos de música da APPD têm 250 alunos matriculados. A Associação oferece cursos de teclado, violão, cavaquinho, canto e flauta doce. Em média são 50 alunos por curso e o instrumento mais procurado pelas pessoas que buscam o ensino musical na entidade é o violão. O diretor técnico da Associação, Ronaldo Oliveira, diz que agora mais pessoas poderão ser atendidas. ‘Com a entrega desses novos instrumentos vamos poder ampliar o número de alunos em pelo menos mais cem’, garantiu o diretor.
 
O procurador do Ministério Público do Trabalho, Sandoval Alves da Silva, é o idealizador do Projeto ‘Escrevendo e reescrevendo a nossa história’, cujo Termo Concretização de Direitos Humanos celebrado entre o MPT e a Companhia Docas do Pará (CDP) possibilitou que multas trabalhistas fossem revertidas em prol de instituições que atuam na socialização e ressocialização de pessoas. O procurador, que já foi coordenador nacional da corte de igualdade, disse que o projeto tenta diminuir a distância imposta pela sociedade entre o mercado de trabalho e a pessoa com deficiência.
 
"A APPD é mais uma área de abrangência do projeto. Entregar esses instrumentos aqui significa garantir oportunidade às pessoas que são discriminadas e alijadas da sociedade, permitindo que elas tenham uma vida normal e, assim, possam superar as barreiras que lhes são impostas e que limitam suas oportunidades. Aqui, elas têm direito às mesmas chances que qualquer outra pessoa.’
 
Além de instrumentos musicais, a APPD ganhou como padrinho o cantor lírico Idaías Souto, que fará palestras, apresentações musicais e intercâmbio de conhecimento com os jovens do polo. O cantor contou que nasceu com uma deficiência chamada 'pé de bola' e por isso se identifica muito com o trabalho desenvolvido pela Associação. "Essa ação é maravilhosa, me identifico muito com o trabalho que está sendo feito por eles."
 
O superintendente da FCG, Paulo José Campos de Melo, mostrou que existe campo de atuação para os músicos e que a Fundação também atua no sentido de possibilitar a inserção desse profissional no mercado de trabalho. ‘Tenho certeza que nós vamos acolher muitos alunos daqui no Instituto Carlos Gomes. E os músicos que saírem desse polo vão fazer carreira e vão poder sobreviver da sua arte. Agradeço à Paróquia do Perpétuo Socorro pela estrutura e cessão desse espaço, e também ao Ministério Público do Trabalho, pela sensibilidade de olhar para este segmento, que é tão pouco lembrado. A sociedade quer o produto pronto - os concertos, os recitais, os shows, as óperas-, mas não sabe o quão complexo e longo é o trabalho de iniciação musical desses jovens. Isso ninguém vê. Felizmente, o MPT teve a sensibilidade de estar conosco nesse projeto’.
 
"Escrevendo e Reescrevendo nossa história" - A partir de um Termo de Concretização de Direitos Humanos celebrado entre o MPT e a Companhia Docas do Pará (CDP) são realizados cursos destinados a jovens em situação de vulnerabilidade e egressos da socioeducação e do sistema penitenciário. Os recursos para a oferta dessa formação provêm de multas revertidas em prol de instituições que atuam na socialização e ressocialização de pessoas, bem como de ações que possam garantir cidadania para crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade.
 
O trabalho é conduzido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e desenvolvido com apoio do Tribunal de Justiça do Estado (TJE/PA), Organização Internacional do Trabalho (OIT),  Fundação Carlos Gomes (FCG), Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), Polícia Civil / Data, Fundação Pro Paz, Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Secretaria Extraordinária de Estado de Integração e Políticas Sociais (SEIPS), Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), Federação dos Empreendedores Adventistas do Pará (Fé Pará), Centro de Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), Instituto Universidade Popular (Unipop), Centro de Estudos e Memória da Juventude Amazônia (CEMJA), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Escola Salesiana do Trabalho e Paróquia Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.
 
Fundação Carlos Gomes – A FCG é uma das 15 instituições parceiras no projeto e responsável pelos monitores, professores, instrumentos musicais e cursos de educação musical presentes nas iniciativas, por meio da expansão do Projeto Música e Cidadania – já implantado na Região Metropolitana de Belém e no interior do Estado –, que oferece cursos de musicalização em polos conveniados com entidades sociais e comunitárias.
 
Música e Cidadania - Atualmente, existem 14 polos do Projeto Música e Cidadania espalhados pela região metropolitana de Belém. Nesses locais atuam 33 professores, que levam o ensino musical para crianças, jovens e adultos de bairros distantes do centro da cidade.
 
Com informações da ASCOM da Fundação Carlos Gomes.
 
 
Ministério Público do Trabalho
Assessoria de Comunicação

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