Procuradores do MPT participam de culminância do Programa “Escravo, Nem Pensar!”

Escrito por .

Iniciativa é desenvolvida nas escolas estaduais paraenses pela ONG Repórter Brasil e financiada com recursos revertidos pelo MPT

No último dia 5 de setembro, os procuradores do Trabalho Silvia Silva e Roberto Ruy Netto participaram do V Sarau Cívico e Cultural promovido pela 8ª Unidade Regional de Educação (URE), no município de Castanhal (PA). O evento representou a culminância do Programa “Escravo, Nem Pensar!”, desenvolvido pela ONG Repórter Brasil e financiado com recursos revertidos pelo Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT).

O Sarau foi uma alternativa aos tradicionais desfiles do 7 de setembro. No lugar de sair às ruas, alunos e professores decidiram aproveitar a data para expor produções com a temática “Trabalho escravo: as expressões da arte combatendo esta prática”, no espaço do SESC-Castanhal, com o objetivo de valorizar as habilidades artísticas dos alunos das escolas jurisdicionadas pela 8ª URE.

Programa “Escravo, nem pensar!”

No ano passado, a ONG Repórter Brasil estabeleceu parceria com a Secretaria Estadual de Educação do Pará para a implementação do projeto “Escravo, nem pensar! ” Que visa à formação de gestores de educação para atuarem na multiplicação de conteúdos relacionados ao trabalho escravo contemporâneo e temas correlatos, nas escolas públicas estaduais. A iniciativa que tem viés preventivo vem sendo desenvolvida desde outubro de 2016, graças à reversão de recursos realizada pelo Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT).

Em sua primeira etapa, a ação de formação teve como público direto gestores e técnicos de 7 Unidades Regionais de Educação – URE (Abaetetuba, Castanhal, Conceição do Araguaia, Mãe do Rio, Marabá, Santa Izabel e Tucuruí) e 20 Unidades Seduc na Escola – USE da região metropolitana de Belém. Com apoio da Comissão Estadual para Erradicação ao Trabalho Escravo do Pará (Coetrae-PA), MPT, Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Pará, o projeto já alcançou 332 escolas em 54 municípios paraenses.

Até o momento, 607 educadores da rede foram formados, porém segundo estimativas, ainda faltam 19 municípios e outras 269 escolas serem abrangidos no Estado. De acordo com relatório encaminhado pela ONG ao MPT, prestando contas das ações realizadas até aqui, os resultados ainda são parciais. “Uma vez que o projeto ainda está em andamento, é possível que a abrangência das atividades nas escolas se amplie, consolidando uma rede relevante de prevenção ao trabalho escravo”, diz o documento, que aponta também recomendações para os próximos passos do projeto.

 

 

Ministério Público do Trabalho

Assessoria de Comunicação

Imprimir